- Área: 2000 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Bas Princen
Descrição enviada pela equipe de projeto. A torre de 60 metros de altura é feita com concreto branco aparente. O novo edifício enfatiza ainda mais o repertório de diferentes modos de exposição que, em conjunto, definem a visão arquitetônica da fundação, caracterizada por uma variedade de oposições e fragmentos.
Cada um dos nove pavimentos da Torre oferece uma percepção original dos entornos internos graças à uma combinação específica de três parâmetros espaciais: dimensão da planta, altura livre e orientação. A metade dos níveis é desenvolvida em uma planta retangular, enquanto a outra metade é trapezoidal.
Os pés-direitos aumentam desde baixo para cima, variando de 2,7 metros no primeiro pavimento a 8 metros no nível superior. As fachadas externas são caracterizadas por uma alternância de superfícies de concreto e vidro que permite a exposição desde o lado norte, leste ou oeste nos diferentes pavimentos, enquanto o espaço superior da galeria está exposto à luz zenital.
O lado sul da torre apresenta uma estrutura diagonal que conecta-se como depósito e dentro do qual integra-se a um elevador panorâmico. Como afirma Rem Koolhaas "essas variações produzem uma diversidade radical dentro de um volume simples, de modo que a interação entre os espaços e os eventos ou obras de arte oferece uma variedade infinita de condições".
Desde a abertura da nova sede da Fundação Prada em 2015, a coleção converteu-se em uma das ferramentas disponíveis para o desenvolvimento do programa cultural da fundação, apresentando diferentes configurações - desde exposições temáticas a coletivas, exibições antológicas até projetos feitos em curadoria por artistas - e agora encontrando na Torre seu espaço de exposição permanente.
O restaurante "Torre", localizado no sexto pavimento do novo edifício, abriga móveis originais do "Four Seasons Restaurant" de Nova York, projetado por Philip Johnson em 1958, elementos da instalação de Carsten Höller "The Double Club" (2008-2009), três esculturas de Lucio Fontana - duas cerâmicas policromadas vitrificadas Cappa per caminetto (1949) e Pilastro (1947), e um mosaico de vidro e cimento Testa di medusa (1948-54) - assim como uma seleção de pinturas de William N. Copley, Jeff Koons, Goshka Macuga e John Wesley. Inspiradas na tradição do restaurante italiano, as paredes exibem obras de artistas criadas especialmente para o restaurante por John Baldessari, Thomas Demand, Nathalie Djurberg e Hans Berg, Elmgreen & Dragset, Joep Van Lieshout, Goshka Macuga, Mariko Mori, Tobias Rebherger, Andreas Slominski, Francesco Vezzoli e John Wesley.
O terraço foi concebido como um espaço flexível que abriga um bar. Caracteriza-se por uma decoração ótica em branco e negro, e por uma balaustrada revestida em espelhos que cria um efeito de reflexão, capaz de esfumaçar visualmente a barreira entre o espaço e a vista 360° da cidade de Milão.